jesus é a razão da vinda do espírito santo e DA NOSSA SALVAÇÃO – atos 2.13-16 – sermão 5

JESUS É A RAZÃO DA SALVAÇÃO E VINDA DO ESPÍRITO SANTO.

Atos 2.13-16

13 Alguns, todavia, zombavam deles e diziam: “Eles beberam vinho demais”.

14 Então Pedro se levantou, junto com os onze, e, erguendo a voz, dirigiu-se à multidão nestes termos: — Homens da Judeia e todos vocês que moram em Jerusalém, tomem conhecimento disto e prestem atenção no que vou dizer.

15 Estes homens não estão bêbados, como vocês estão pensando, porque são apenas nove horas da manhã.

16 Mas o que está acontecendo é o que foi dito por meio do profeta Joel:

17 “E acontecerá nos últimos dias, diz Deus, que derramarei o meu Espírito sobre toda a humanidade. Os filhos e as filhas de vocês profetizarão, os seus jovens terão visões, e os seus velhos sonharão.

18 Até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei o meu Espírito naqueles dias, e profetizarão.

19 Mostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo na terra: sangue, fogo e nuvens de fumaça.

20 O sol se transformará em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e glorioso Dia do Senhor.

21 E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.”

22 — Israelitas, escutem o que vou dizer: Jesus, o Nazareno, homem aprovado por Deus diante de vocês com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou entre vocês por meio dele, como vocês mesmos sabem,

23 a este, conforme o plano determinado e a presciência de Deus, vocês mataram, crucificando-o por meio de homens maus.

24 Porém Deus o ressuscitou, livrando-o da agonia da morte, porque não era possível que fosse retido por ela.

25 Porque Davi fala a respeito dele, dizendo: “Eu sempre via o Senhor diante de mim, porque ele está à minha direita, para que eu não seja abalado.

26 Por isso, o meu coração se alegra e a minha língua exulta; além disto, também a minha própria carne repousará em esperança,

27 porque não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.

28 Fizeste-me conhecer os caminhos da vida, e me encherás de alegria na tua presença.”

29 — Irmãos, permitam-me falar-lhes claramente a respeito do patriarca Davi: ele morreu e foi sepultado, e o seu túmulo permanece entre nós até hoje.

30 Sendo, pois, profeta e sabendo que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes se assentaria no seu trono,

31 prevendo isto, referiu-se à ressurreição de Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu corpo experimentou corrupção.

32 Deus ressuscitou este Jesus, e disto todos nós somos testemunhas.

33 Exaltado, pois, à direita de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vocês estão vendo e ouvindo.

34 Porque Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo afirma: “Disse o Senhor ao meu Senhor: ‘Sente-se à minha direita,

35 até que eu ponha os seus inimigos por estrado dos seus pés.’”

36 — Portanto, toda a casa de Israel esteja absolutamente certa de que a este Jesus, que vocês crucificaram, Deus o fez Senhor e Cristo.

37 Quando ouviram isso, os seus corações ficaram aflitos, e eles perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos: “Irmãos, que faremos? “

38 Pedro respondeu: “Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo.

39 Pois a promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe, para todos quantos o Senhor, o nosso Deus chamar”.

40 Com muitas outras palavras os advertia e insistia com eles: “Salvem-se desta geração corrompida! “

41 Os que aceitaram a mensagem foram batizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas.

GRANDE IDEIA:  A vinda do espírito prova que Jesus é o Cristo, evidencia o reino de Deus e exige arrependimento e identificação com Ele.

INTRODUÇÃO:

                Atos 2 é o capítulo que marca o início da igreja. É sua inauguração oficial. Em Atos 2 temos concluídas os 3 fatos necessários para nossa missão neste mundo. A morte e ressurreição de Jesus, trazendo a salvação para todo aquele que nele crê e a presença definitiva do Espírito Santo para dar consolar a igreja e capacitá-la a cumprir sua missão de levar as Boas Novas de salvação aos perdidos.

                Nosso texto de hoje nos remete à continuação do relato da chegada do Espírito Santo. Vimos que o Espírito veio exatamente 50 dias após a Páscoa. Falamos como a morte de Jesus foi na páscoa (simbolizando o cordeiro sacrificado); sua ressurreição caiu no domingo, no dia da festa das primícias, e exatamente 50 dias depois, na 3 e ultima festa obrigatória dos judeus, que é o Pentecostes, o Espírito Santo é derramado sobre a igreja.

                Mas encerramos nossa meditação com a acusação que encontramos no verso 13, em que alguns judeus disseram que o que estava acontecendo era resultado de estarem bêbados tão cedo.

                Então Pedro e dos demais apóstolos se levantam e diante do povo, Pedro começa uma pregação. O que ela nos ensina?

1. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO CUMPRIA UMA PROMESSA DE DEUS.

13 Alguns, todavia, zombavam deles e diziam: “Eles beberam vinho demais”.

14 Então Pedro se levantou, junto com os onze, e, erguendo a voz, dirigiu-se à multidão nestes termos: — Homens da Judeia e todos vocês que moram em Jerusalém, tomem conhecimento disto e prestem atenção no que vou dizer.

15 Estes homens não estão bêbados, como vocês estão pensando, porque são apenas nove horas da manhã.

16 Mas o que está acontecendo é o que foi dito por meio do profeta Joel:

17 “E acontecerá nos últimos dias, diz Deus, que derramarei o meu Espírito sobre toda a humanidade. Os filhos e as filhas de vocês profetizarão, os seus jovens terão visões, e os seus velhos sonharão.

18 Até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei o meu Espírito naqueles dias, e profetizarão.

19 Mostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo na terra: sangue, fogo e nuvens de fumaça.

20 O sol se transformará em trevas, e a lua, em sangue, antes que venha o grande e glorioso Dia do Senhor.

21 E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.”

                Enquanto os judeus poliglotas, que haviam nascido noutros países, reconheciam que os discípulos cheios do Espírito Santo falavam em seus idiomas nativos; outros, que sempre viveram em Jerusalém, sem conhecer outro idioma, começaram a zombar dizendo que os discípulos estavam bêbados, porque a chegada do Espírito Santo os fez adorar a Deus em idiomas diferentes, como preparação daquele grupo para levar salvação até aos confins da terra. Para estes zombadores, a igreja recém-inaugurada estava vivendo em pecado.

                Pedro toma a Palavra e começa a pregar. Ele não falou em línguas, mas na linguagem do povo, provavelmente o aramaico, um dialeto do hebraico. Logo de início, Pedro corrige o pensamento errado e rebate a falsa acusação. “Eles não estão bêbados tão cedo!” E na sequência afirma que os fenômenos presenciados pelos judeus eram, na verdade, a manifestação soberana de Deus em realizar o que fora prometido em uma profecia. Naqueles tempos não havia as divisões em capítulos e versículos, mas Pedro fez citação de Joel 2.28-32. W.W.Wiersbe comenta que: “Ao ler a profecia de Joel dentro de seu contexto, vemos que trata de Israel como nação no fim dos tempos, com relação ao “Dia do Senhor”. O Espírito Santo, porém, conduziu Pedro de modo a encontrar nessa profecia uma aplicação para a Igreja[1].

                A expressão “últimos dias”, encontrada no verso 17, na verdade não fala de últimos dias no sentido de fim do mundo, mas de fato, se referia aos últimos dias da conclusão do plano de salvação. A morte e ressurreição de Jesus, bem como o batismo com o Espírito Santo se tornavam a comprovação de Jesus como o messias prometido, o salvador do povo, não somente dos judeus, mas de todo o mundo. Na cruz, Jesus afirmou que “tudo estava consumado”. Após sua ressurreição e a vinda do Espírito não havia mais nada a se fazer para a salvação do homem, da parte de Deus. Apenas sobrava a pregação das boas novas. E o convite dessas boas-novas, vemos no verso 21, “todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo”.

2. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO CONFIRMOU JESUS COMO O CRISTO, O MESSIAS PROMETIDO.

22 — Israelitas, escutem o que vou dizer: Jesus, o Nazareno, homem aprovado por Deus diante de vocês com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou entre vocês por meio dele, como vocês mesmos sabem,

23 a este, conforme o plano determinado e a presciência de Deus, vocês mataram, crucificando-o por meio de homens maus.

24 Porém Deus o ressuscitou, livrando-o da agonia da morte, porque não era possível que fosse retido por ela.

25 Porque Davi fala a respeito dele, dizendo: “Eu sempre via o Senhor diante de mim, porque ele está à minha direita, para que eu não seja abalado.

26 Por isso, o meu coração se alegra e a minha língua exulta; além disto, também a minha própria carne repousará em esperança,

27 porque não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção.

28 Fizeste-me conhecer os caminhos da vida, e me encherás de alegria na tua presença.”

29 — Irmãos, permitam-me falar-lhes claramente a respeito do patriarca Davi: ele morreu e foi sepultado, e o seu túmulo permanece entre nós até hoje.

30 Sendo, pois, profeta e sabendo que Deus lhe havia jurado que um dos seus descendentes se assentaria no seu trono,

31 prevendo isto, referiu-se à ressurreição de Cristo, que nem foi deixado na morte, nem o seu corpo experimentou corrupção.

32 Deus ressuscitou este Jesus, e disto todos nós somos testemunhas.

33 Exaltado, pois, à direita de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vocês estão vendo e ouvindo.

34 Porque Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo afirma: “Disse o Senhor ao meu Senhor: ‘Sente-se à minha direita,

35 até que eu ponha os seus inimigos por estrado dos seus pés.’”

36 — Portanto, toda a casa de Israel esteja absolutamente certa de que a este Jesus, que vocês crucificaram, Deus o fez Senhor e Cristo.

                Todos os fenômenos vistos naquele dia de Pentecostes eram resultado da obra de redenção feita por Jesus. Os fatos relacionados com a vida, morte, ressurreição e o derramamento do Espírito confirmavam Jesus como o Messias prometido, o Cristo, o ungido de Deus. O descendente de Davi que faria o reino eterno de Deus. Jesus afirmou que o Espírito Santo viria para glorificá-lo e esta é a obra do Espírito Santo – apontar a humanidade para Jesus.

                Tão logo explicou que os fenômenos cumpriam uma promessa divina registrada nas Escrituras, Pedro explica como o Espírito veio. A resposta era: Jesus estava vivo! Ele ressuscitou!

                Jesus foi confirmado por Deus diante dos judeus por meio de seus milagres, sinais e maravilhas, mas este Jesus havia sido morto pelos judeus. Sim, observe que na pregação de Pedro há a acusação direta: vocês o mataram, lá na cruz! Isso era um plano determinado por Deus em sua presciência! (23). Mas (24) Deus o ressuscitou dos mortos. Ele está vivo! A morte não poderia retê-lo!

                Para embasar biblicamente suas convicções sobre a messianidade de Jesus, Pedro cita agora o Salmo 16.8-11. Sua aplicação desta passagem do A.T., é que Davi morreu e não ressuscitou, portanto, não falava de si mesmo. Mas, na condição de profeta, estava falando de um descendente que assumiria o trono, referindo-se à Cristo e sua ressurreição.

O verso 32, traz o entendimento importante de que “eles eram testemunhas da ressurreição”. Aqui temos a prova de que os discípulos haviam compreendido sua missão no mundo, conforme Atos 1.8.    

Então, no verso 33, Pedro explica que o derramamento do Espírito, presenciado por todos, somente poderia acontecer após a morte, ressurreição e glorificação de Jesus. Para explicar biblicamente, Pedro faz citação do Salmo 110.1 que está nos versos 34,35. Jesus foi exaltado à direita de Deus e recebeu a promessa do Espírito Santo, e então, derramou esse Espírito, cuja vinda, se tornara visível e audível.

O verso 36, é o argumento final do sermão: Jesus, que foi crucificado, foi feito por Deus, Senhor e Cristo, ele é o Messias!

3. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO EXIGE ARREPENDIMENTO E IDENTIFICAÇÃO COM CRISTO.

37 Quando ouviram isso, ficaram muito comovidos e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: — Que faremos, irmãos?

38 Pedro respondeu: — Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos seus pecados, e vocês receberão o dom do Espírito Santo.

39 Porque a promessa é para vocês e para os seus filhos, e para todos os que ainda estão longe, isto é, para todos aqueles que o Senhor, nosso Deus, chamar.

40 Com muitas outras palavras deu testemunho e exortava-os, dizendo: — Salvem-se desta geração perversa.

41 Então os que aceitaram a palavra de Pedro foram batizados, havendo um acréscimo naquele dia de quase três mil pessoas.

                Ao ouvirem a pregação de Pedro a reação foi imediata. O verso 37 mostra seus corações cheio de comoção e dúvida. “Que faremos irmãos?” Era como se dissessem – “Matamos o Messias que Deus enviou! Há esperança para nós?”    Mas a mensagem do Cristo era a salvação! As boas-novas chegaram. Sim, há vida e esperança em Cristo! A solução era simples, mas profunda e necessária: arrependam-se e depois sejam batizados em nome de Jesus Cristo para remissão dos seus pecados e vocês receberão o dom, o presente, do Espírito Santo.

                A resposta de Pedro é incluiu:

1. Arrependimento. Este era o ponto de partida. Desde João Batista, o arrependimento dos pecados era necessário para a entrada no Reino de Deus. Agora Pedro explica a necessidade deste arrependimento, afinal, ainda que sem compreender as Escrituras, eles concordaram com a crucificação de Jesus.

2. Cada um ser batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos pecados. O argumento de Pedro segue a ordem de Jesus em Mateus 29.19,20, “fazer discípulos, batizá-los e ensiná-los a guardar os ensinos de Jesus”. Como o batismo tem a ideia de identificar-se com a mensagem pregada, ele era necessário, pois identificaria os novos convertidos com o Cristo que foi morto e ressuscitado.

                Meus irmãos, o que Lucas registrou foi apenas uma parte do sermão de Pedro.  O verso 40 deixa claro que ele continuou com “muitas outras palavras” e com certeza, com muitas outras passagens bíblicas.  Sempre com a orientação: salvem-se desta geração perversa. Sempre os convidando a crerem em Jesus para salvação.

No verso 41. Os judeus presentes aceitaram a palavra de Pedro. Portanto, concordaram com a culpa pela morte de Jesus, concordaram que Deus o fez cristo e Senhor; concordaram que ele foi ressuscitado; concordaram que a vinda do Espirito Santo, conforme eles presenciaram era uma ação de Deus em cumprimento à sua promessa pela boca do profeta Joel; concordaram com a necessidade de arrependimento de seus pecados. Concordaram que precisavam de Cristo para serem salvos.

                 O resultado foi a conversão de quase 3 mil pessoas naquela ocasião.

APLICAÇÕES:

A vinda do espírito prova que Jesus é o Cristo, evidencia o reino de Deus e exige arrependimento e identificação com Ele.

                Diante de nós está o relato do maravilhoso início da igreja, lá na cidade de Jerusalém. Este relato nos mostra que há salvação para todos nós, ainda hoje. No verso 39, Pedro afirmou que a promessa da salvação e da presença do Espírito Santo no nosso coração, era para aqueles judeus do passado e do futuro, mas também era “para todos aqueles que o Senhor, nosso Deus, chamar”. Isso incluiu a mim e a você.

                Mas a salvação apenas ocorrerá se você, como aqueles judeus: concordar com a sua culpa pela morte de Jesus, concordar que Deus o fez cristo e Senhor; concordar que ele foi ressuscitado; concordar que a vinda do Espirito Santo, conforme eles presenciaram era uma ação de Deus em cumprimento à sua promessa pela boca do profeta Joel; concordar com a necessidade de arrependimento de seus pecados e concordar que você precisa de Cristo para ser salvo.


[1] WIERSBE, W.W. Comentário Bíblico Expositivo.

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