Colossenses 1.13-23 A Suprema Grandeza de Cristo

Sermão 2 – Exposição Bíblica da Carta aos Colossenses

Tema Geral: Cristo é tudo

Tema Específico: A SUPREMA GRANDEZA DE CRISTO

Texto: Colossenses 1.13-23

13 Pois Deus nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado,

14 em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados.

15 Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação,

16 pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele.

17 Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste.

18 Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia.

19 Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude,

20 e por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que estão no céu, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz.

21 Antes vocês estavam separados de Deus e, em suas mentes, eram inimigos por causa do mau procedimento de vocês.

22 Mas agora ele os reconciliou pelo corpo físico de Cristo, mediante a morte, para apresentá-los diante dele santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação,

23 desde que continuem alicerçados e firmes na fé, sem se afastarem da esperança do evangelho, que vocês ouviram e que tem sido proclamado a todos os que estão debaixo do céu. Esse é o evangelho do qual eu, Paulo, me tornei ministro.

 

Grande Ideia: Cristo é tudo e nele o salvo tem tudo que precisa!

 

INTRODUÇÃO

                John Edmund Haggai, fundador e presidente do Instituto Haggai, falando num dos seminários internacionais de liderança, proferiu este texto, intitulado: Cristo, o INCOMPARÁVEL − John Edmund Haggai. Diz assim:

                Aquele que vem do alto está acima de todos, Cristo o incomparável. Nenhum personagem na plataforma da história pode permanecer ao lado do Cristo incomparável. Ele é a coroa do universo, o cumprimento das profecias, o salvador do mundo. Cristo sobrepuja a todos. Ele é a Vox Humana em toda a música, a estética de toda escultura. Ele é a mais aprimorada mistura de luz e sombra de toda a pintura. Ele é o ápice da realização de qualquer empreendimento.

                Para o artista, Ele é a sublimidade da beleza. Para o arquiteto, a Pedra fundamental. Para o Astrônomo, Ele é a brilhante Estrela da manhã. Para o padeiro, Ele é o Pão da vida. Para o biólogo, Ele é a origem da vida. Para o construtor, Ele é o firme fundamento. Para o carpinteiro, Ele é a porta. Para o médico, Ele é o Médico dos Médicos. Para o educador, Ele é o Mestre dos Mestres.

Para o engenheiro, Ele é novo e vivo Caminho. Para o geólogo Ele é a Rocha eterna.

Para o escritor, Ele é a Palavra Viva. Para o camponês, Ele é o Semeador e o Senhor da colheita. Para o floricultor, Ele é a Rosa de Sarom, o Lírio dos vales. Para o viticultor, Ele é a Videira verdadeira. Para o magistrado, Ele é o Juiz de toda a terra.

Para o jornalista, Ele é a boa notícia de grande alegria. Para o filósofo, Ele é a sabedoria de Deus. Para o pregador, Ele é a Palavra de Deus. Para o estadista, Ele é o desejado de todas as nações. Para o trabalhador, Ele é o descanso de todas as fadigas. Para o pecador, Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Para o crente, Ele é o Filho do Deus vivo, o Salvador, Redentor e Senhor. Para o discípulo, Ele é o supremo pastor, que nos dá suas ordens com clareza incondicional. Ele é Cristo, o incomparável.

                Em nosso texto de hoje, Paulo nos apresenta verdades maravilhosas sobre Cristo. Ele nos ensina na carta aos colossenses que Cristo é tudo e isto muda as nossas vidas.

                Portanto, hoje, quero pensar em 2 implicações de Cristo ser tudo para mim:

1.       Reconheço que a obra de Cristo é maravilhosa (1.13-17)

                Quando olho para esta passagem fica a pensar em quem é como Jesus? Ele é tudo! Mas isto é mais que uma declaração! Isto é uma realidade maior do que a que posso compreender. Note quantas vezes aparece a palavra “toda” e sua variação “tudo” no texto. Não há nada nem ninguém igual a Jesus. Paulo nos apresenta Jesus como tudo, e como superior a tudo. Vejamos duas realidades importantes sobre Jesus no texto:

a.      Cristo tem a superioridade na obra da redenção (1.13,14) 13 Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, 14 em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados.

                Jesus Cristo é o responsável direto na obra da redenção, da nossa redenção. Veja que Paulo evidencia que a obra de Cristo foi um resgate mandado por Deus e executado por Jesus. Éramos reféns do domínio das trevas. Estávamos presos, trancafiados no pecado. Mas ele nos libertou, ele nos livrou, nos resgatou, e, por causa de Cristo, Deus nos transportou para o Reino do seu Filho Amado.

                Em Cristo, fomos redimidos, recebemos o perdão dos pecados. Aquilo que nos mantinha presos, que nos destruía, em Cristo recebemos libertação, vida, ressurreição.

                Mas Paulo continua e nos apresenta a:

b.      Cristo tem a superioridade na obra da criação (1.15-17) Veja os versos 15 a 17. Vamos ler novamente: 15 Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, 16 pois nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou soberanias, poderes ou autoridades; todas as coisas foram criadas por ele e para ele. 17 Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste.

                Aqui podemos perguntar novamente – quem é como Jesus? Deus é invisível, mas Jesus nos faz conhecer Deus claramente. Como ele mesmo afirmou em João 14.9 “quem me vê a mim, vê o Pai”.

                Ele é o nosso criador. Tudo que podemos ver foi criado por Jesus. Ele criou tronos, dominações e todo o mundo espiritual foi criado por ele. Até os demônios. Tudo que existe foi feito por ele, e feito para sua glória.

                Jesus sustenta o planeta. Toda criação está exaltando a Cristo. Ninguém, nem nada é comparável a Cristo. Ele é tudo!

                Mas não podemos parar aqui. Paulo continua nos ensinando mais sobre a grandeza, a supremacia de Jesus Cristo. O incomparável Cristo. Paulo nos mostra que quando Cristo é tudo para mim, eu também:

 

2.       Experimento um reconhecimento da grandeza das relações da pessoa e da obra de Cristo. (18-23)

                Na sequência dos versos 18 a 23, Paulo nos fala que Jesus Cristo é tudo também nas relações dele para com a Igreja, que somos nós. Há, pelo menos duas verdades importantes para serem pensadas aqui.

a.       A relação de Jesus com a Igreja (1.18,19) – Observem os versos 18 e 19. 18 Ele é a cabeça do corpo, que é a igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a supremacia. 19 Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude,

                Cristo é a cabeça da igreja. Isto significa que é Ele quem manda nela. Temos um rei e o servimos quando servimos a sua igreja, que é o seu reino.

                Em Cristo habita toda a plenitude de Deus. Plenitude era uma palavra típica de marinheiros e se referia ao navio completamente cheio de marinheiros, remados e soldados. É a ideia de algo completo. Em Cristo, Deus habita completamente. Nós somos sua igreja, seu corpo. Deus habita em nós pela obra redentora de Cristo. Cristo é incomparável, não há nada nem ninguém igual a ele. Cristo é tudo.

                Mas Paulo nos fala mais, ele apresenta a:

b.      A relação de Jesus com a reconciliação (1.20-23) – vejamos versos 20-23. 20 e por meio dele reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que estão no céu, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz. 21 Antes vocês estavam separados de Deus e, em suas mentes, eram inimigos por causa do mau procedimento de vocês. 22 Mas agora ele os reconciliou pelo corpo físico de Cristo, mediante a morte, para apresentá-los diante dele santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação, 23 desde que continuem alicerçados e firmes na fé, sem se afastarem da esperança do evangelho, que vocês ouviram e que tem sido proclamado a todos os que estão debaixo do céu. Esse é o evangelho do qual eu, Paulo, me tornei ministro.

                No verso 20, Paulo faz questão de enfatizar que é por meio de Cristo que todas as coisas são reconciliadas. É o sangue de Jesus que possibilita a união do homem com Deus. As coisas do céu (Deus) e as da terra (humanidade) estão reconciliadas em Cristo. Ele é único mediador entre Deus e os homens, como afirmou Paulo em 1 Tm 2.5.

                Convido você agora a olhar os três últimos versículos, pois eles falam da obra de Cristo em nós.

1.       O que nós éramos. (21)

                Estávamos alienados, inimigos e fazíamos obras más. Esta é a nossa ficha. Paulo afirma que éramos inimigos no entendimento. Estávamos contra Deus, contra sua verdade. Tínhamos ofensas reais contra Deus por causa das nossas práticas. Mas Paulo continua, e mostra a supremacia, a grandeza de Jesus. Ele é tudo. Ele então nos mostra, em segundo lugar:

 

2.       O que Cristo fez. (22)

                Ele nos reconciliou com Deus. Em Cristo, nosso relacionamento com o Deus eterno é recuperado. A nossa inimizade contra Deus é desfeita. Mas como Jesus fez isto? Paulo afirma que Cristo fez isso no corpo da sua carne, pela morte. Ele é o criador, Ele é o rei, mas Ele morre por nós.

                Quando deixamos um trabalho e vamos procurar outro, geralmente apresentamos um currículo. Naquele documento contamos um pouco da nossa vida, da nossa experiência no trabalho passado. O que nós éramos sem a obra de Cristo é o nosso velho currículo. Mas Cristo sofreu muito para nos levar a Deus reconciliados, em paz. Éramos hostis a Deus, mas ele queria nos fazer santos, inculpáveis e irrepreensíveis para Deus. Então o velho currículo já foi. Agora não é o que nós fizemos que importa, mas é o que Deus declarou sobre nós que está valendo. E Ele disse que a salvação pertence ao Senhor. Mas, Paulo continua e nos apresenta:

 

3. a obra que ainda falta (23)

                Quando você habita na fé, quando você permanece na fé, você demonstra que Cristo, de fato, te salvou. São duas realidades que se complementam. De um lado toda nossa fé em Cristo. Do outro lado é o próprio Cristo que nos mantém. É preciso nos lembrar de algo importante: Ele dá a fé para crermos nele, mas precisamos crer. Precisamos nos manter firmes até o fim. Esta é a prova de que estamos nele.

 

APLICAÇÕES:

1.       Cristo é tudo. Ele é o criador de todas as coisas. Ele é o redentor das nossas vidas! Devemos a Cristo nossa existência e nossa salvação!

2.       Cristo é tudo. A igreja é dele! Eu sou dele! Devo servi-lo fielmente. Deus está em Cristo plenamente. Sou corpo de Cristo, sou igreja, tenho Deus em minha vida.

3.       Cristo é tudo. Ele me reconciliou com Deus. Sua morte e ressurreição, bases da minha fé, mudaram minha história.

4.       Cristo é tudo. Mas ainda há algo para ser concluído. Ele dá a fé para crermos, mas precisamos crer. Firmeza até o fim será a prova de que estamos em Cristo, o incomparável.

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