A PREGAÇÃO DO EVANGELHO CONTINUARÁ ATÉ A VOLTA DE CRISTO! – Atos 28.11-31

Grande ideia: O evangelho de Jesus vence todos os obstáculos e continua sendo pregado por crentes unidos em comunhão e fiéis a Jesus Cristo! 

INTRODUÇÃO: 

Desde o Salmo 133.1, a Bíblia relata a importância da comunhão para o povo de Deus. O salmista exaltou a importância da comunhão dizendo: “Oh, quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em comunhão! Já no Novo Testamento, encontramos Jesus orando pela igreja em João 17 e pedindo a Deus que os crentes fossem unidos, para que o mundo pudesse crer que ele era o salvador, enviado por Deus Pai.  

Os versos finais do Livro de Atos nos mostram o amor e comunhão entre os irmãos em Cristo e o avanço contínuo do Evangelho, por meio de Paulo e das igrejas. 

Como temos feito, faremos a leitura do texto alternando com as lições que podemos retirar deles. Vamos ao texto?  

Atos 28.11-31 

11 Depois de ficarmos três meses na ilha, embarcamos num navio da cidade de Alexandria, que tinha na proa a figura dos deuses gêmeos Castor e Pólux. O navio tinha passado o inverno na ilha. 

12 Nós chegamos à cidade de Siracusa, onde ficamos três dias. 

13 Dali seguimos viagem e chegamos à cidade de Régio. No dia seguinte o vento começou a soprar do sul, e em dois dias chegamos a Pozuoli. 

14 Nessa cidade encontramos alguns cristãos que nos pediram que ficássemos com eles uma semana. E assim chegamos a Roma. 

15 Os irmãos de Roma tinham recebido a notícia da nossa chegada e foram se encontrar conosco nos povoados de Praça de Ápio e de Três Vendas. Ao ver esses irmãos, Paulo agradeceu a Deus e se animou. 

Lição 1. O AMOR E COMUNHÃO DA IGREJA ANIMA OS CRENTES AO TRABALHO MISSIONÁRIO. 

E. Segundo Lucas, o evangelista autor de Atos, Paulo e todos os que o acompanhavam, ficaram na ilha de Malta por 3 meses, até que terminasse o período o inverno, quando a navegação naquela região era proibitiva. Eles então entram num navio da cidade de Alexandria, que também passou o inverno na ilha e que tinha na proa escultura de deuses falsos. Foram para Siracusa, onde ficaram 3 dias, passaram pela cidade de Régio, e levaram mais dois dias até a cidade de Potéoli, hoje conhecida como Pozzuoli, uma cidade italiana. 

Paulo encontra-se com alguns irmãos em Cristo e estes pedem que eles fiquem com eles durante uma semana. Paulo já estava na região sede do império romano. Os crentes de Roma, que não conheciam Paulo pessoalmente, mas que já haviam lido sua carta aos romanos, quando souberam que ele estava na região viajaram para se encontrar com ele em dois povoados chamados Praça de Ápio e Três Vendas. Paulo ficou muito feliz e motivado com essas comitivas de irmãos que foram estar com eles. A visita daqueles irmãos, gerou em Paulo duas atitudes: gratidão a Deus e ânimo para continuar. 

I. A igreja de Jesus é marcada pela comunhão. Crentes que se esforçam para dar apoio e companheirismos a outros crentes, quando passam por meio de aflições. Há uma necessidade importante de que estejamos atentos às necessidades uns dos outros. Mesmo que no cotidiano seja difícil estar em contato com outros irmãos, é preciso orar uns pelos outros e ao saber de suas necessidades, dar suporte. A comunhão é uma marca importantíssima da igreja de Jesus. É por meio dela que todos serão supridos, socorridos, animados, motivados.  

A. O culto presencial é uma necessidade para a igreja, pois nos dá condições de nos revermos e mantermos acesa essa chama, é tão necessário. É nessa convivência, no amor uns pelos outros, nas orações intercessória e na disposição em ajudar, que o mundo percebe que Cristo governa e domina nossos corações. 

A história continua… leiamos a partir do verso 16. 

16 Quando entramos em Roma, Paulo recebeu permissão para morar por sua conta, guardado por um soldado. 

17 Três dias depois, Paulo convidou os líderes dos judeus de Roma para se encontrarem com ele. Quando estavam reunidos, ele disse: —Meus irmãos, eu não fiz nada contra o nosso povo, nem contra os costumes que recebemos dos nossos antepassados. Mesmo assim eu fui preso em Jerusalém e entregue aos romanos. 

18 Eles me interrogaram e queriam me soltar, pois não acharam nenhum motivo para me condenar à morte. 

19 Mas os judeus não queriam que me soltassem. Por isso fui obrigado a pedir para ser julgado pelo Imperador, embora eu não tenha nenhuma acusação para fazer contra o meu próprio povo. 

20 Foi por esse motivo que pedi para ver vocês e conversarmos. Estou preso com estas correntes de ferro por causa daquele que o povo de Israel espera. 

21 Então eles disseram: —Nós não recebemos nenhuma carta da Judéia a seu respeito. Também nenhum dos nossos irmãos veio de lá com qualquer notícia ou para falar mal de você. 

22 Mas gostaríamos de ouvir você dizer o que pensa, pois sabemos que, de fato, em todos os lugares falam contra essa seita à qual você pertence. 

23 Então marcaram um dia com Paulo. Nesse dia, muitos deles foram ao lugar onde Paulo estava. Desde a manhã até a noite ele lhes anunciou e explicou a mensagem sobre o Reino de Deus. E, por meio da Lei de Moisés e dos livros dos Profetas, procurou convencê-los a respeito de Jesus. 

24 Alguns aceitaram as suas palavras, mas outros não creram. 

25 Então todos foram embora, conversando entre si. Mas, antes que saíssem, Paulo ainda disse mais uma coisa: —O Espírito Santo tinha razão quando falou por meio do profeta Isaías aos antepassados de vocês. 

26 Pois ele disse a Isaías: “Vá e diga a esta gente: Vocês ouvirão, mas não entenderão; olharão, mas não enxergarão nada. 

27 Pois a mente deste povo está fechada; eles taparam os ouvidos e fecharam os olhos. Se eles não tivessem feito isso, os seus olhos poderiam ver, e os seus ouvidos poderiam ouvir; a sua mente poderia entender, e eles voltariam para mim, e eu os curaria—disse Deus. ” 

28 E Paulo terminou, dizendo: —Pois fiquem sabendo que Deus mandou a mensagem de salvação para os não-judeus! E eles escutarão! 

29 Depois que Paulo disse isso, os judeus foram embora, discutindo com violência. 

Lição 2. DEUS DESEJA QUE O EVANGELHO SEJA PREGADO A TODOS OS POVOS. 

E. O livro de Atos registra a primeira prisão de Paulo em Roma que durou dois anos. Pelas cartas de Paulo, sabe-se que ele foi preso em Roma, numa situação mais complicada em outro momento de sua vida, após esse. Nesta primeira prisão, Paulo ficou em prisão domiciliar numa casa alugada, onde era vigiado por um soldado (a tornozeleira eletrônica da época); esse soldado era substituído a cada seis horas. Paulo tinha liberdade de receber as pessoas e ensinar livremente (28.16). Embora Paulo estivesse preso, o Evangelho não podia ser preso. E continuava a ser pregado. 

Era a primeira vez de Paulo em Roma, e como sempre fazia, começa a falar do evangelho aos judeus. Convocou os líderes de todas as sinagogas de Roma para lhes falar de suas cadeias, do motivo de estar preso e lhes apresentar a Jesus. Na sua palavra e defesa para com os judeus, Paulo enfatizou que ele não havia feito nada contra os judeus nem contra os costumes judaicos (28.17a); b) foi preso pelos judeus e foi entregue aos romanos (28.17b), mas quando foi interrogado, os romanos concluíram que era inocente de todas as acusações e quiseram libertá-lo (28.18); Mas Paulo teve que apelar César porque os judeus se opuseram à sua libertação, e o queriam morto, mesmo que Paulo nada tivesse contra seu povo (28.19). Finalmente, Paulo afirma que está preso por causa da esperança de Israel, ou seja, preso por anunciar Cristo, sua morte e ressurreição (28.20). 

Os judeus disseram a Paulo que não havia nenhuma acusação formal contra ele e que gostariam de ouvir mais do apóstolo. No dia marcado eles foram a casa de Paulo, e este passou o dia todo tentando mostrar a eles que Jesus era o cristo, era o messias prometido. Alguns creram, mas parece que a maioria não creu. E estavam saindo discutindo, quando Paulo citou o profeta Isaías, afirmando que o Espírito Santo já havia revelado o coração endurecido do judeus, e que eles tapavam seus olhos e ouvidos para não verem a Cristo e ouvirem o Evangelho. Os judeus saíram zangados, pois Paulo avisou que os gentios dariam ouvidos ao Evangelho e eles ser converteriam.  

I. Infelizmente, nem todos dão ouvidos ao Evangelho. Há muitos que, como os judeus dessa passagem, tapam seus ouvidos, endurecem seus corações, fecham seus olhos, para não crerem e confiarem nas verdades bíblicas. Há muitos que, quando a Palavra de Deus lhes é pregada, preferem sair do templo, arrumar alguma distração, porque não querem ouvir o Evangelho. As vezes estão no templo apenas com o corpo, mas a mente está distanciada, distraída. É o povo parecido com os fariseus, a quem Jesus disse que honrava a Deus com os lábios, mas cujo coração estava longe dele. Deus deseja que o Evangelho seja pregado a todos. Judeus e não judeus. Mas somente o que derem real atenção a Cristo e sua palavra serão os que alcançarão a salvação. 

A. qual a sua motivação para estar aqui hoje? Jesus Cristo e a verdade das Escrituras? Ou para você, estar aqui é apenas um tempo de entretenimento ouvindo e cantando músicas? 

Deus quer que os crentes preguem o evangelho a todos. Deus quer que você dê atenção à sua Palavra, se converta a Cristo e o sirva com dedicação e obediência. Você já entendeu isso?  

A história continua…. 

30 Durante dois anos Paulo morou ali numa casa alugada e recebia todos os que iam vê-lo. 

31 Ele anunciava o Reino de Deus e ensinava a respeito do Senhor Jesus Cristo, falando com toda a coragem e liberdade. 

Lição 3. TODO LUGAR É O LUGAR, TODO TEMPO É O TEMPO DE PREGAR A CRISTO. 

E. Paulo estava numa casa alugada em prisão domiciliar, acorrentado a um soldado diferente a cada seis horas. Mas as pessoas iam vê-lo. Judeus ou gentios, crentes ou não. E todos os que iam até Paulo ouviam ensinamentos preciosos das Escrituras e aprendiam mais sobre Jesus Cristo. Paulo tem as mãos amarradas, mas sua boca continua anunciando a Jesus. O relato de Lucas sobre essa primeira prisão de Paulo em Roma, não nos conta muita coisa, mas você pode saber mais, nas cartas da prisão, que são: Efésios, Filipenses, Colossenses e Filemom. À partir desta prisão, muitas coisas aconteceram como fruto do trabalho de Paulo, cito aqui as palavras do Pastor Hernandes Lopes, veja: “a) A prisão de Paulo levou a igreja de Roma a pregar com mais ousadia, b) Nesses dois anos Paulo evangelizou toda a guarda pretoriana, bem como outros membros da casa imperial, c) Não podendo visitar as igrejas, Paulo lhes escreveu cartas, as quais fazem parte do cânon sagrado, d) Dessa primeira prisão, Paulo orou para ser libertado e pediu oração nesse sentido às igrejas, e) Paulo continuou seu trabalho após ser solto, fazendo uma espécie de quarta viagem missionária, f) Paulo foi capturado novamente e colocado numa masmorra romana, de onde saiu para ser morto no ano 67 d.C. Esse gigante de Deus tombou na terra como um mártir, mas foi recebido no céu como um príncipe. A Deus seja a glória, por sua vida, ministério e exemplo!” 

I. Em vários lugares que passei, vi pessoas colocando dificuldades para evangelizar os demais. Uns não tinham coragem de orar nas ruas por alguém; outros tinham vergonha de falar de Jesus para um desconhecido; outros sem coragem sequer para convidar um amigo para estarem no culto; havia quem tinha vergonha de assumir crente na escola ou no trabalho; havia quem dissesse que não tinha dom para evangelizar. Muita gente acha que alguns lugares não são lugares para se falar de Cristo. Mas Paulo ensina: prega a palavra, a tempo e fora de tempo. Na rua, na sinagoga, livre ou preso, sozinho ou com amigos, pessoalmente ou por cartas, Paulo pregava o Evangelho. 

A. Meus irmãos, orar por pessoas não crentes para que se convertam, evangelizar parentes, amigos, conhecidos e desconhecidos, não é para quem tem dom, é para quem é crente e é obediente a Cristo. Você pode não ter o dom de ser um pregador aqui no púlpito; mas você tem de condições de fazer a única obra da igreja que só pode ser feita neste mundo – falar de Jesus e ajudar pessoas a se converterem a Cristo. Você pode fazer na escola, no trabalho, no lazer. Em casa, na rua, na roça, numa fila. Todo lugar e todo tempo é o lugar e o tempo de falar de Jesus. 

CONCLUSÃO: 

Você já ouviu falar da expressão “Atos 29”? Isso já virou nome de congressos e escrita de camisetas. E o que significa? 

Não sei se você percebeu, mas o livro de Atos termina sem uma conclusão. O historiador Justo González, segundo HDL, diz que, em vez de terminar com ponto final, o livro talvez devesse terminar com reticências. Isso porque a história da igreja continua.  

Então podemos encerrar nossa reflexão de hoje, com as palavras John Stott, quando ele escreveu: “Os Atos dos Apóstolos terminaram há muito tempo. Mas os atos dos seguidores de Jesus continuarão até o fim do mundo, e a palavra deles vai se espalhar até aos confins do mundo”. 

“O mesmo Espírito, cujos atos observamos no livro de Atos, continua agindo entre nós; pois ainda que vivamos no tempo dos atos do Espírito; vivemos, por assim dizer, no capítulo 29 de Atos”. (HDL). 

No que depender de você, vamos continuar essa obra? 

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