1 Pedro 3.1-7 Cristo é a nossa esperança no casamento

Exposição em 1 Pedro

Tema Geral: Em meio às lutas da vida, Cristo é a nossa esperança!

Tema Específico: Cristo é a nossa esperança no casamento

 

1 Pedro 3.1-7

1 ​Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa,

2 ​ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor.

3 ​Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário;

4 ​seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus.

5 ​Pois foi assim também que a si mesmas se ataviaram, outrora, as santas mulheres que esperavam em Deus, estando submissas a seu próprio marido,

6 ​como fazia Sara, que obedeceu a Abraão, chamando-lhe senhor, da qual vós vos tornastes filhas, praticando o bem e não temendo perturbação alguma.

7 ​Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações.

 

GRANDE IDEIA: A submissão a Cristo leva o crente à submissão mútua nos relacionamentos.

 

INTRODUÇÃO:

 

                A família é a base da sociedade em todas as épocas. E de tempos em tempos ela sofre ataques fortíssimos.  Vivemos na atualidade inúmeros ataques à família, quando tentam fazer valer a ideologia de gênero, quando consideram que o aborto é uma prática saudável, quando defendem que o homem deve ser “bananizado” na atualidade e a mulher ter um empoderamento. E, em função de um discurso politicamente correto e atualizado, muitos caem no engodo das mentiras satânicas denominadas de científicas.

O texto que de nossa reflexão hoje fala sobre o relacionamento conjugal. Sem dúvida, o sucesso da família depende quase na totalidade do sucesso no relacionamento entre marido e mulher.

Pedro escreveu para irmãos que viviam perseguidos por sua fé, espalhados por várias regiões tendentes a terem medo por se posicionarem de acordo com a vontade de Deus. A carta vem para encorajá-los a, se fosse necessário, sofrerem pela fé que abraçaram, mas sendo submissos a Deus, seguindo o exemplo de Jesus. No capítulo 2. 21-25, Pedro nos apresentou como Cristo agiu diante dos seus acusadores e executores. Paulo nos lembra em Filipenses 2.5-11 que Jesus foi obediente e submisso até a morte, e por fim, Deus foi glorificado nele.

Depois de falar sobre submissão às autoridades, submissão aos patrões, agora Pedro chega à um nível mais íntimo de relacionamento onde Cristo também é o padrão de submissão. Mulheres e homens precisam ser submissos a Cristo.

Pedro nos traz instruções importantes para o casal. Vamos a elas.

 

  1. COMO AS ESPOSAS DEMONSTRAM SUA SUBMISSÃO A CRISTO

1 Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa,

2 ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor.

3 Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário;

4 seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus.

5 Pois foi assim também que a si mesmas se ataviaram, outrora, as santas mulheres que esperavam em Deus, estando submissas a seu próprio marido,

6 como fazia Sara, que obedeceu a Abraão, chamando-lhe senhor, da qual vós vos tornastes filhas, praticando o bem e não temendo perturbação alguma.

Se você se levantar agora e olhar para o restante dos irmãos da igreja, verá muito mais mulheres do que homens. Essa realidade da maioria das igrejas ao longo da história. Porque Pedro dirige mais orientações às mulheres do que aos homens? As mulheres sempre enfrentaram mais problemas culturais do que os homens. Elas eram vistas como objetos na sociedade e nas leis. Alguns filósofos afirmaram que as mulheres não precisavam ser salvas porque elas não tinham alma. Nas sinagogas, as mulheres não entravam. Nas religiões pagãs que aceitavam as mulheres, elas geralmente eram recebiam destaque e chegavam a serem sacerdotisas, mas na verdade, elas eram usadas como prostituta. Mas quando chegou o cristianismo a coisa mudou. No cristianismo a mulher e o homem são iguais perante de Deus. Ambos foram feitos à imagem e semelhança do criador; ambos, homem e mulher eram pecadores e ambos salvos da mesma forma, arrependimento e fé na morte e ressurreição de Jesus Cristo pelos seus pecados. A mulher passa a ser valorizada como pessoa.

Hernandes Dias Lopes afirmou que era comum naqueles tempos que a mulher seguisse a religião do seu marido. Se ele era cristão, a esposa também seria. Mas se ele era um pagão e sua esposa se convertesse, ela seria considerada infiel. Diante destas coisas, Pedro traz 3 orientações para as esposas.

  1. Sejam submissas a seus maridos – A submissão é um mandamento. Sendo a submissão da mulher igual à de Cristo em relação a Deus, vale voltar nossa atenção para Filipenses 2.5-11. Lá Paulo afirmou que deve existir em nós o mesmo sentimento que houve em Cristo. Ele estava na condição de Deus, mas não se apegou a isto, mas esvaziou-se desta condição e foi obediente até a morte e morte de cruz. A submissão de Jesus a Deus foi a de alguém que era Deus em essência, mas que em função de um proposito e da vontade do Pai, se submete voluntariamente. A submissão da esposa ao marido é a submissão de alguém de mesma essência, igual no ser com o marido, mas por uma questão de proposito de Deus e de exercício de função, se submete para obedecer ao Senhor, ou seja, não tem nada a ver com inferioridade, já que homem e mulher são iguais no ser diante de Deus, então ela é uma questão de função. Nem tem a ver com a questão de gênero, pois a submissão da mulher, no verso 1, é ao seu próprio marido e não a todos os homens.
    1. Mas há algo que muita gente pergunta. A mulher tem que ser submissa em tudo? Sem limites? Claro que não. Se um marido pede à sua mulher para que faça algo que esteja contrário à vontade de Deus, essa esposa precisará antes, obedecer a Cristo e não ao marido.
  2. O motivo da submissão é a evangelização. “para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa, 2 ao observar o vosso honesto comportamento cheio de temor.”. Há uma realidade nas igrejas de hoje que havia nas igrejas nos tempos bíblicos – mulheres que se convertiam a Cristo e possuíam maridos não crentes. Então, um cônjuge se converte e se o outro não, deve-se acabar o casamento? Claro que não. Pedro e Paulo (1 Coríntios 7.13-16) trazem orientações neste sentido. Mas é certo que a mulher que se casou com um não crente vai converter esse marido? Também não há nenhuma garantia disso. Pedro tem um modo bem claro de tratar o caso. A mulher não devia querer salvar seu marido na marra, falando na sua cabeça, e muitas vezes trazendo um efeito contrário. A orientação aqui é que ela tenha um comportamento, um procedimento honesto e respeitoso. Aqui o argumento é que a submissão da esposa ao marido e um comportamento que demonstre temor a Deus é um meio eficaz de testemunhar da sua fé.
  3. O enfeite da evangelização é um coração submisso. 3 Não seja o adorno da esposa o que é exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro, aparato de vestuário; 4 seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus. Muita gente usa esse texto para afirmar que mulher não possa se arrumar. Mas o texto não diz isso. Ele está num contexto maior, em que a submissão é o tema, e num contexto menor que é a salvação de um marido incrédulo. A ideia de Pedro é que a mulher não perca o foco da salvação de seu marido e, para esta meta, ficar linda exteriormente sem ser linda interiormente, não fará sentido.

Uma vez fui a um hospital evangelizar. Encontrei um senhor e comecei a lhe falar de Jesus. Quando o convidei a crer em Cristo, ele me disse que não queria. Tentei insistir falando que a gente só pode saber se uma laranja é doce ou azeda se provarmos. Ele me respondeu que não queria sequer provar de Jesus. E eu perguntei – Por quê? Ele me respondeu: Porque não funciona! Minha esposa é líder das mulheres batistas numa tal de associação batista, mas em casa é um diabo!

Vejam as palavras de Pedro no verso 4. “seja, porém, o homem interior do coração, unido ao incorruptível trajo de um espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus”. Irmãos, o que Pedro está dizendo é que se por dentro você não uma mulher controlada pelo Espírito de Deus, não será a sua beleza que fará diferença. Você não ganhará seu marido para Jesus com beleza e enfeites interiores, mas com uma vida pura e santa, comprometida com o Senhor.

Aproveito para falar as meninas que ainda não se casaram. Embora não haja proibição de se arrumar e enfeitar, pois não há pecado nisso, não usem a beleza física para firmar um casamento, pois haverá um momento que a beleza acabará, e o que ficará? Somente um coração puro e comprometido com Cristo segura um casamento até que a morte nos separe.

Pedro termina seus conselhos às mulheres, dando exemplos das mulheres do passado, afirmando que seus casamentos foram abençoados por causa do modo como procederam, sempre temendo ao Senhor.

 

  1. Como os maridos demonstram sua submissão a Cristo.

7 Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações.

Toda vez que falamos sobre a submissão das mulheres aos seus próprios maridos, muitos ficam sorridentes, cutucam a esposa e dizem: “tá vendo?”. Mas a Bíblia também traz orientações para os maridos.

Embora algumas orientações nos versos anteriores eram dirigidas às mulheres que tinham maridos não crentes, aqui no verso 7, como os maridos são crentes, tudo indica que suas esposas também eram. Pedro então orienta que os maridos sejam sensíveis às suas esposas. Eles não podem se tornar rudes com suas esposas. Ao dizer: “maridos, vós, igualmente”, Pedro estava dizendo que os maridos também tem responsabilidades diante de Deus e de suas esposas. A função do marido é a mesma de Cristo. Assim como Jesus deu a vida pela sua igreja, o marido deve dar sua vida pela sua esposa. A função do marido no casamento, embora exerça a liderança, é uma liderança servil. O marido serve à esposa, assim como Cristo serviu à igreja. R C Sproul afirmou que é mais fácil a mulher ser submissa ao marido do que o marido amar a sua esposa como Cristo amou a igreja.

Podemos pensar em algumas questões importantes sobre a orientação de Pedro aos maridos.

  1. Viver a vida comum do lar, com discernimento. Meus irmãos, esta orientação é fantástica e revolucionária para a época. Pedro está dizendo que o marido não pode ser ausente. Ele precisa participar das necessidades do lar e da esposa. É prover as necessidades físicas e materiais do lar. Em Tito 2.4,5, Paulo ensina que o primeiro dever da esposa é cuidar do lar, embora não haja nenhuma proibição para que ela trabalhe fora. O marido é o provedor (1 Tm 5.8). Na descrição da mulher virtuosa de Provérbios, temos uma mulher que cuidava da casa, do marido e de negócios. Mas Pedro lembra, o marido precisa participar da vida da esposa e da família. Não pode ser ausente. Viver a vida comum do lar com discernimento, é batalhar contra si mesmo, muitas vezes, para tentar compreender as necessidades da esposa, para se comunicar com ela. Não é fácil. Se eu pedir às mulheres aqui para escrever num papel 3 coisas que seus maridos mais gostam de fazer, provavelmente, receberei rapidamente as respostas. Mas se a mesma pergunta for feita aos maridos, a maioria vai demorar para responder. Precisamos lutar contra isso.
  2. Ter consideração para com a esposa e trata-la com dignidade. Quando Pedro fala que a mulher é a parte mais frágil, ele se refere à questão física e não a questões intelectuais, mentais ou morais. O marido pode até discordar da esposa, mas ainda assim, precisa amá-la e respeitá-la. Ter consideração é respeitar sentimentos, desejos e maneira de pensar da esposa.
  3. Motivação espiritual. “porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações”. Pedro dá um argumento espiritual para que o homem decida tratar sua esposa com consideração e dignidade. Noutras palavras, enquanto o marido não aprender a lidar com sua esposa, haverá empecilhos às suas orações. Mas veja que Pedro presume que marido e esposa façam orações, talvez até que orem juntos. Mas se o relacionamento conjugal está quebrado em virtude de desobediência bíblica, está quebrado o relacionamento com Deus.

 

CONCLUSÃO:

A submissão a Cristo leva o crente à submissão mútua nos relacionamentos. Temos diante de nós o desafio de esposas e maridos que por amarem a Cristo e serem submissos àquele que nos salvou e que se tornou o nosso senhor, aprenderem a agirem na vida conjugal de maneira obediente à Palavra.

Crer é obedecer. Mulheres sejam submissas como Cristo, homens amem suas esposas como Cristo amou a sua igreja, dando a vida dele por ela. Amém

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